Minha Infância

A minha mente se abre como cortina
num fabuloso espetáculo amador
Me vejo ainda menina...
Nas tardes amarelas de calor
Da Avenida das Palmeiras
Alegre... ansiosa por crescer...
E eram tantas as brincadeiras
Que até hoje não pude esquecer...
Pera, uva, maçã, salada mista
Beijos a perder de vista...
Como fui feliz na minha infância...
Livre como um passarinho...
E cantava! Era cantora do teatro Municipal!
Que lá era um antigo cinema...
Lembro do repetido vestidinho...
Das músicas que eram tristes poemas
que falava de uma menina de oito anos,
Abandonada pelos pais...
Eu ia toda faceira interpretar a canção!
E muitos choravam ao ouvir meus ais...
Minha mãe lacrimejava de emoção!
Que saudade sinto dos tempos idos...
Minhas manhãs na Pérola do Norte
Dos doces dias jamais esquecidos
Que trarei comigo até minha morte!
Mara Andréa Machado
Enviado por Mara Andréa Machado em 22/04/2008
Reeditado em 22/04/2008
Código do texto: T956601