Fluidos

Caem celestes como fogos

sobre uma nação santa,

a sentença que me cabe:

condenado a estar livre

para fazer o que não se sabe

e ser delicado a maior parte das vezes.

Como se alguém nos enamorasse com dificuldade.

Eu e minhas proezas.

Subo então, ao monte quando menino

(confesso agora, acho que foi cedo demais)

e recebo os dons com muita curiosidade,

Os segredos da vida;

a morte e suas possobilidades.

Cresci achando que era imortal,

mas um garoto maior me mostrou que não era bem assim

(confesso que doeu)

Cresci mais um pouco e botei na cabeça

que minha cabeça não se alterava com alcool.

Até que uma noite fiquei acima dos telhados

junto a uns amigos que também tinham cede.

Amanheci com dor de cabeça.

Daí dei um salto para outros mistérios.

(confesso que a sede me guiou)

Todos os meus membros cresceram,

era hora de atentar para novos alvos...

Me adiantei com precisão na conquista de corpos curvilíneos.

Na mescla, no chão,

entre quatro paredes,

no salão e na rede,

em cima do céu,

ou debaixo do chão.

E a cada amor uma nova vida.

Invento minha liberdade

e toco o tempo com delicadeza.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 14/04/2008
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