Lembranças
A chuva cai e se esvai
Na terra seca se enrosca
E deita
E rola
A chuva cai e molha a terra
E encharca e esfria o dia
Chove num frêmito incontido.
Chove e respinga nos recônditos d'alma
Chove.
E a chuva esfria.
Faz calmo o dia.
Mas palmo à palmo o ser revolve-se
Em soturnas emoções
Indizíveis premonições
Insofríveis desilusões.
Cai a chuva noite e dia.
E o rosto esmaece.
E nada acontece.
Os dias descortinam-se
e a vida fenece...
E a saudade essa incontida dor
Companheira do gozo e do amor
É quase palpável
De tão verdadeira.
A chuva cai e se esvai
Na terra seca se enrosca
E deita
E rola
A chuva cai e molha a terra
E encharca e esfria o dia
Chove num frêmito incontido.
Chove e respinga nos recônditos d'alma
Chove.
E a chuva esfria.
Faz calmo o dia.
Mas palmo à palmo o ser revolve-se
Em soturnas emoções
Indizíveis premonições
Insofríveis desilusões.
Cai a chuva noite e dia.
E o rosto esmaece.
E nada acontece.
Os dias descortinam-se
e a vida fenece...
E a saudade essa incontida dor
Companheira do gozo e do amor
É quase palpável
De tão verdadeira.