Onde e como tocastes

Ser ciclista é louco,

em cima de rodas

rodar aos poucos.

Tu sempre esteves

em meus sinais

no delírio e na partida

mais e mais...

O que tocas não me prende

e nem me acende quase nada,

agora eu sou da madrugada.

- Olha amor,muito obrigado!

Preciso ser largo e profundo,

ainda sou raso e não mais um vagabundo.

- Olha amor o nosso mundo...

Quando à tarde te rasguei,

te encimei e te ensinei

o nosso pobre-velho-mundo,

não só te preparei,

te falei e te mostrei

uma outra vida

e um outro mundo.

Tu achavas absurdo

entoar preces pagãs,

acordar suas sementes

pelo resto dos segundos.

Hortaliças

e maçãs.

Agora bem que eu vejo mal,

bem verei

tarde ou mais cedo

pelos vidros de cristal

(veja como eu tinha medo)

Tu te mostras colossal.

Naquela era em tua carne,

tudo sei não eram erros.

estavam lindas tuas vestes

de carneiro

(veja como eu tinha medo,

sentei chorando, às vezes cedo)

Mostra suas faces,

com ou sem os medos.

À cada face um medo.

Na partida sempre te vi

cair de quatro

em frente ao espelho,

pra sentir dor,

pra sentir medo.

E tantas vezes quis partir,

ver toda a graça

a cor e abraza

da tua pele junto a minha.

Na lembrança, no teu veludo

tu estarás querendo a mim.

Fim

o fim!

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 12/03/2008
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