Um amor para sempre

Um verso,rabiscado num pedaço de papel,um tremor das mãos,

um olhar de medo,um medo de ser descoberto quando num breve

espaço de tempo,achou coragem prá se decidir.

E ali,parado olhando o tempo,não sabe ainda o que resolver,

de novo pega a mensagem e busca nela algo que sente faltar,mas não

acha,ou não sabe o que pode ser,e fica o recado por terminar.

Lá fora já se faz ouvir o barulho que anuncia o fim de mais uma

aula,e dentro de um banheiro da escola,ele mal consegue respirar,pois

ele acha que é muito difícil se declarar a pessoa amada,mas sabe que

pior do que isto é ter que explicar para os páis a nota baixa tirada.

E assim,num gesto firme e decidido,saí de onde estava escon-

dido e segue em direção daquela que ele ama,e sem receio nenhum,

saca do bolso aquele papel e mostra a ela todo convencido.

...De repente a luz do quarto se acende e junto com a escuridão

que vai embora, também vão as recordações.No vão da porta uma

silhueta feminina se destaca,frágil,pequena,mas que ainda conserva

as marcas de uma beleza antiga,a mesma do primeiro encontro.

E ela,preocupada e terna lhe pergunta:Interrompo algo? E ele

com um olhar cançado,causado pelo tempo, lhe responte com um

sorriso: Você jámais interrompe nada,eram apenas lembranças do

passado.E ela se aproxima de mansinho e num gesto de carinho faz

um afago em teus cabelos,e sem que ele esperasse ela tira do decote

um pedaço de papel,amassado,amarelado pelo tempo, mas com uma

rára válidade,e neste momento ele descobriu a palavra que faltava.

DIASMONTE
Enviado por DIASMONTE em 06/03/2008
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