"MEU PÉ DE CRAVO"
Com cinco anos apenas
uma semente plantei,
em um caqueiro de barro
que por sorte o encontrei
regando dia, após dia...
todo o meu carinho eu dei.
O podava ternamente
com levesa de criança,
com ele, eu conversava
guardo até hoje a lembrança.
Todo rodado e florido
exalando o seu perfume,
abraçava-me, ao seu tronco
não abarcava o volume.
Era um lindo pé de cravo
cravo da índia querido,
o vento o sacudia
fazendo enorme alarido,
como se estivesse agora
sentindo-se, protegido.
Por força do meu destino
tive que me ausentar,
muitos tempos se passaram
nunca mais tive por lá.
Hoje sou um moço triste...
e não sei se ainda existe,
prá eu poder abraçar.
Antonio Hugo.
Com cinco anos apenas
uma semente plantei,
em um caqueiro de barro
que por sorte o encontrei
regando dia, após dia...
todo o meu carinho eu dei.
O podava ternamente
com levesa de criança,
com ele, eu conversava
guardo até hoje a lembrança.
Todo rodado e florido
exalando o seu perfume,
abraçava-me, ao seu tronco
não abarcava o volume.
Era um lindo pé de cravo
cravo da índia querido,
o vento o sacudia
fazendo enorme alarido,
como se estivesse agora
sentindo-se, protegido.
Por força do meu destino
tive que me ausentar,
muitos tempos se passaram
nunca mais tive por lá.
Hoje sou um moço triste...
e não sei se ainda existe,
prá eu poder abraçar.
Antonio Hugo.