DÓI A LEMBRANÇA

Meu olhar se perde no que resta...

Da floresta.

Os galhos que se balançavam estão na minha lembrança.

Eu guardei o meu lugar.

Guardei a relíquia da minha infância.

Passo lá e olho o que sobrou.

Meu peito fica apertado.

Suspiro fundo, suspiro dobrado.

É do meu passado.

A floresta em festa.

As abelhas, os pássaros, o vento nas folhas...

O cheiro.

Deus, o cheiro de mato!

Guardo tudo e a reminiscência chega a me doer.

Parece que meu coração vem moer.

Quem diria que uma pequena floresta ia morrer?

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 20/02/2008
Reeditado em 13/04/2011
Código do texto: T867353
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