TRISTE, FOI DIZER ADEUS AO MAR, SEM TI...
....
Amado,
nada lhe peço...
Mas,
na maresia,
senti teu abraço forte
de encontro ao meu frágil peito.
Sinto a brevidade da vida
por não saber-te,
e o tempo,
é efêmero demais para
continuar acreditando em palavras.
Não me têm mais o tempo;
visto que morri no dia em que te acreditei;
no dia em que penetrei tua carne,
como se eu fosse tua,
como se eu fosse a lua.
Resto-me no silêncio...
O silêncio me protege do teu ser alado,
que voa em mim me abrindo feridas vazias.
Não me apetece mais lembrar palavras,
dizer palavras,
sorrir palavras...
pronunciá-las em mim.
E pensar,
que eu só queria sentir teu abraço forte
em meu peito frágil,
para mergulhar na vastidão do teu perfume,
e afogar-me,
sem nada a declarar.
Triste,
foi dizer adeus ao mar,
sem ti.