E O LENÇO BRANCO

JÁ NÃO TREMULA NAS COXILHAS

E O VELHO LAÇO SEM PREZILHAS

HOJE SÓ OS RATOS

LAMBEM OS PRATOS

E TOMAM CONTA DO GALPÃO

AS CINZAS DO FOGO DE CHÃO

QUE OUTRORA ARDIA O ANO INTEIRO

A LABAREDA E O BRAZEIRO

O BRILHO DE LÂMINA DE PRATA

CORTAVA EM PARELHA

CARNEAVA A OVELHA

ISSO É QUE ERA FACA

O TEMPO PASSOU

E O QUE SOBROU

SÓ A LEMBRANÇA E A NOSTALGIA

DO PEÃO DA LAVOURA

DO TLIQUE TLAQUE DA TESOURA

NA ESQUILARIA

O MEU PAI PLANTOU VAIDADES

SEMEOU AMBIÇÕES

ALIMENTOU ILUSÕES

HOJE EU COLHO SAUDADES.

AUTOR VAINER DE ÁVILA

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 09/02/2008
Reeditado em 09/02/2008
Código do texto: T852088
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