SEREIA DE RIO

Moinhos de vento

Horizontes perdidos

Futuros improváveis

Passados lentos...

Passos e risos

Infantis

Invadem a minha mente,

Que passeia nos atalhos

Mágicos

Das histórias inventadas

Com as figuras projetadas

Pelas sombras

Das árvores

Que ladeavam o meu caminho...

Era estreito

Cheio de mistérios

E no final

Tinha o córrego

Repleto de plantas aquáticas

E um açude

Com sanguessugas

Para as crianças terem medo

De se banhar...

Fazia calor

E um corpinho infantil

Ficava de calcinhas

De algodão.

Mais tarde,

Muito mais tarde,

Numa praia linda

Em dia de verão

Uma mulher buscava de novo

Águas doces

Do rio cor de coca-cola...

E enquanto o sol se escondia

Deixando a noite cobrir o céu

Com seu manto negro

Um corpo de mulher se despia

E ria feito criança

O riso da infância

Sentindo fluir naquelas águas

A doce alegria de brincar!

Sem regras,

Sem peias,

Apenas fluindo das águas

Feito sereia de rio

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Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 30/01/2008
Código do texto: T839518