SEREIA DE RIO
Moinhos de vento
Horizontes perdidos
Futuros improváveis
Passados lentos...
Passos e risos
Infantis
Invadem a minha mente,
Que passeia nos atalhos
Mágicos
Das histórias inventadas
Com as figuras projetadas
Pelas sombras
Das árvores
Que ladeavam o meu caminho...
Era estreito
Cheio de mistérios
E no final
Tinha o córrego
Repleto de plantas aquáticas
E um açude
Com sanguessugas
Para as crianças terem medo
De se banhar...
Fazia calor
E um corpinho infantil
Ficava de calcinhas
De algodão.
Mais tarde,
Muito mais tarde,
Numa praia linda
Em dia de verão
Uma mulher buscava de novo
Águas doces
Do rio cor de coca-cola...
E enquanto o sol se escondia
Deixando a noite cobrir o céu
Com seu manto negro
Um corpo de mulher se despia
E ria feito criança
O riso da infância
Sentindo fluir naquelas águas
A doce alegria de brincar!
Sem regras,
Sem peias,
Apenas fluindo das águas
Feito sereia de rio
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