UMA SOMBRA

Eu quero te esquecer mais não consigo.

A marca que o teu amor deixou, me maltrata.

E a solidão invade a minha vida e me mata.

Ficou uma sombra que me acompanha a toda hora.

E a tua ausência distorce até a minha visão.

Ainda não esquecí o dia em que tú foste embora.

Nem conseguí tirar-te felizmente, do meu coração.

Dói a lembrança do dia maldito, e eu não esqueço.

Um sorriso falso, uma lágrima verdadeira, me acompanham.

Para mostrar que tudo isso, eu merêço.

Quando olho para trás, te vejo indo embora com razão.

Quando olho para o céu, vejo a sombra do nosso amor sofrido.

Só me resta admitir que eu não pertenço mais ao teu coração.

Só me resta viver à sombra de um grande amor perdido.

Lamentavelmente, perdido.

Manaus, 11 de fevereiro de 1993.

Marcos Antônio Costa da Silva