Presente de Natal
Eu ganhei um revólver de Brinquedo
Do meu Papai Noel, quando criança.
Com ele eu firmei uma aliança
E nunca mais na vida tive medo.
Eu matava quimeras em segredo,
Acertava sem mira qualquer alvo,
E me sentia forte, e são, e salvo,
Assim que, no gatilho, punha o dedo.
Ora que meu revólver, como eu,
Com o passar do tempo envelheceu,
Já não mato quimeras, felizmente…
Troquei-o pela pena e, assim,
O medo veio a ter medo de mim,
E vou dar meu revólver de presente.