JANELAS ABERTAS
Seus olhos eram janelas abertas,
mas não para este mundo de formas e sombras.
Eram portais para algo mais puro,
onde a luz não apenas brilha, mas respira,
onde o tempo não pesa, apenas flui.
Eu olhei, e por um instante, vi
não com os olhos que sempre usei,
mas com algo adormecido em mim,
algo que reconheceu o invisível
como quem reencontra um velho lar.
Essa luz sempre esteve lá,
sussurrando em cada brisa,
pulsando em cada estrela,
esperando apenas que alguém
aprendesse a vê-la com o coração.
Tião