ECOS NA ETERNIDADE
escorrego no tempo
mudo de cidade
volto à cidadezinha
onde nasci
onde cresci
volto a ouvir sons
cabras a balir
uma velhinha a tossir
um homem formoso
a assoviar
uma linda mulher a cantar
e ouço sons, gritos, gargalhadas
de crianças
são os ecos da eternidade
ficaram assim
dentro de mim
gravados
de tal forma arraigados
que voltam
voltam
e voltam