Que por estes caminhos eu mais uma vez passe
Que por estes caminhos eu mais uma vez passe,
Como tenho feito por toda a vida.
São eles bons amigos, estas ruas tristes,
E praças onde meu ser repousa.
De cima o morador vê-me passando,
Com os pensamentos nos cansados olhos,
Um ser que cresce, um obscuro vagante,
Que ainda sonha e ainda suspira.
Mas, depois que a morte vier apanhar-me,
Num não sei o que de momento exato
É ainda o andarilho que o morador enxerga
Nas noites claras a caminhar sereno.