O divagar da mente

Em meu leito de insônia,

Remoendo ideias vans,

A mente divaga, insone,

Em pensamentos que são vãos.

Fantasmas de um passado,

Sombras de um futuro incerto,

Num presente que é nublado,

Deixam-me em desconcerto.

Remoendo o que não foi,

O que poderia ter sido,

Um turbilhão de "e se",

Que me deixa ferido.

Ilusões não declaradas,

Sonhos desvanecidos,

Num labirinto de pecados,

De esperanças e de medos.

Remoendo cada erro,

Cada palavra não dita,

Num eterno desespero,

De uma alma aflita.

O tempo passa, implacável,

Levando consigo a ilusão,

De que a vida é amável,

E a dor, mera canção.

Remoendo ideias vans,

Que na mente se agarram,

Como ervas daninhas,

Que a alma amargam.

Mas, em meio à escuridão,

Uma luz se acende, tênue,

A fé na redenção,

Que me mantém em xeque.

Remoendo ideias vans,

Aprendo a lição do perdão,

E a aceitar os desenganos,

Com resignação.

Pois, na vastidão do universo,

Somos apenas um grão de areia,

E a vida, um breve verso,

Que se perde na aléia.

Remoendo ideias vans,

Busco a paz interior,

E a sabedoria dos bons,

Para seguir em frente, sem temor.

Ednopr

Edno Ribeiro
Enviado por Edno Ribeiro em 31/01/2025
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