O divagar da mente
Em meu leito de insônia,
Remoendo ideias vans,
A mente divaga, insone,
Em pensamentos que são vãos.
Fantasmas de um passado,
Sombras de um futuro incerto,
Num presente que é nublado,
Deixam-me em desconcerto.
Remoendo o que não foi,
O que poderia ter sido,
Um turbilhão de "e se",
Que me deixa ferido.
Ilusões não declaradas,
Sonhos desvanecidos,
Num labirinto de pecados,
De esperanças e de medos.
Remoendo cada erro,
Cada palavra não dita,
Num eterno desespero,
De uma alma aflita.
O tempo passa, implacável,
Levando consigo a ilusão,
De que a vida é amável,
E a dor, mera canção.
Remoendo ideias vans,
Que na mente se agarram,
Como ervas daninhas,
Que a alma amargam.
Mas, em meio à escuridão,
Uma luz se acende, tênue,
A fé na redenção,
Que me mantém em xeque.
Remoendo ideias vans,
Aprendo a lição do perdão,
E a aceitar os desenganos,
Com resignação.
Pois, na vastidão do universo,
Somos apenas um grão de areia,
E a vida, um breve verso,
Que se perde na aléia.
Remoendo ideias vans,
Busco a paz interior,
E a sabedoria dos bons,
Para seguir em frente, sem temor.
Ednopr