A CORUJA DO AGRESTE

a coruja do agreste

no papel de galo, à meia-noite, acorda teus sonhos

e dorme nos teus rastros

acorda na estiagem os vaqueiros

Já as vi em sonolência nos marmeleiros

Em revoada nos xique-xiques

Em Acopiara, à luz da lamparina, às vésperas da

quaresma, quando eu nasci

a coruja cantou em códigos o silêncio

em presunção, o barulho do dom deste homem menino

Cícero Bizzuka
Enviado por Cícero Bizzuka em 07/01/2025
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