Elegias do meu Tracuá
O rio da antiga vila
Um dia jorrou imponente
Quem viu, ainda lembra e copia
O Tracuá e o "Codó" sorridentes
Eram águas alegres e livres
Corredeiras, piscinas, torrentes
Pescadores, lavadeiras e fetiches
Viu guerreiras, as saúvas valentes
Em suas águas, o "Codó" se fez grande
O nativo tá aí e não mente
Vendo o rio e a BR vibrantes
Disse: "Adeus. Eis aí teu presente!"
Quão ingratos são os invasores servidos
Hoje o rio agoniza doente
Ver-se o algoz no escritório tranquilo
E o Tracuá no seu fim inclemente!
Mas, junto ao leito há a história de tantos
E o Tracuá é assim transcendente
Seu valor vai além de um recanto:
É cicatriz! Tá na alma da gente!