Naquela varanda
Naquela varanda, a viola repousa,
O silêncio é grande, a memória é preciosa.
Entre os cordéis e histórias do sertão,
Roubou-se a vida, sem aviso, sem razão.
Com mãos habilidosas e um olhar sereno,
Fez do amor um caminho sempre pleno.
Por aqueles ao seu redor, lutou sem parar,
Deixou lições que continuam a brilhar.
A partida foi tão rápida, sem causa aparente,
Deixou um vazio, uma ausência presente.
Mas nas lembranças, em cada verso que fica,
Permanece o legado que nunca se desdica.
No eco do passado, o carinho é muito claro,
A presença se faz sentir, embora não esteja mais lá.
Naquela varanda, o amor ainda faz morada,
Em cada gesto, em cada rima, em cada história contada.
De: Yule Sena
Para: Miguel Arcanjo