Naquela varanda

Naquela varanda, a viola repousa,

O silêncio é grande, a memória é preciosa.

Entre os cordéis e histórias do sertão,

Roubou-se a vida, sem aviso, sem razão.

Com mãos habilidosas e um olhar sereno,

Fez do amor um caminho sempre pleno.

Por aqueles ao seu redor, lutou sem parar,

Deixou lições que continuam a brilhar.

A partida foi tão rápida, sem causa aparente,

Deixou um vazio, uma ausência presente.

Mas nas lembranças, em cada verso que fica,

Permanece o legado que nunca se desdica.

No eco do passado, o carinho é muito claro,

A presença se faz sentir, embora não esteja mais lá.

Naquela varanda, o amor ainda faz morada,

Em cada gesto, em cada rima, em cada história contada.

De: Yule Sena

Para: Miguel Arcanjo

lunaviii
Enviado por lunaviii em 02/09/2024
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