Renascença

Depois de tantos amores, tropeços

Descobri quão profundo

é estabelecer viver o tanto que mereço,

solta e livre sem as ilusões do mundo

Bebendo versos e vinhos

sempre foi fixo o meu olhar na lida,

e nessa peneira, nenhuma poeira de ouro

ou jazida,

Deus me livre do que seria o resto

do que subsiste

no tragar da dor tardia que manifesto

n'um poema triste

Quão pode doer a alma

no cativeiro pregresso dos idos dias,

na estranheza de minha calma...

Não te contaria, duvidarias

da codependência, antes persistente

na criança escondida

em suas tempestades doentes

que renasceu para a vida

15/05/1988

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 25/08/2024
Código do texto: T8136812
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.