Renascença
Depois de tantos amores, tropeços
Descobri quão profundo
é estabelecer viver o tanto que mereço,
solta e livre sem as ilusões do mundo
Bebendo versos e vinhos
sempre foi fixo o meu olhar na lida,
e nessa peneira, nenhuma poeira de ouro
ou jazida,
Deus me livre do que seria o resto
do que subsiste
no tragar da dor tardia que manifesto
n'um poema triste
Quão pode doer a alma
no cativeiro pregresso dos idos dias,
na estranheza de minha calma...
Não te contaria, duvidarias
da codependência, antes persistente
na criança escondida
em suas tempestades doentes
que renasceu para a vida
15/05/1988