ALMA DE POETA

Quando min’alma anoitece

Vagando vestindo nada

Inquieta procura o ontem

Perdida na madrugada.

Ao encontro de eu criança

Silente atravessa a estrada

Serena percorre os cantos

Remotos que o tempo guarda.

O vento morno da noite

Sussurra tal qual as águas

Do arroio das lembranças

Que escorrem nas enseadas.

E nas casas velhas repletas

De histórias e fantasias

Que foi berço, foi prelúdio

Para imspirar poesias:

Contente celebra o encontro

Da criança que ainda mora

Em minha essência poeta

Do ontem, do hoje… do agora.