ALGUMAS MEMÓRIAS NO DIVÃ ou uma quase morte, não sei bem...
No divã, diante do desconhecido
diante do experimento científico,
esgrimo palavras em frases
quase sem sentido...
Sem aparente objetivo.
sonolento mas ativo,
em transe, visitei
ruínas do passado...
em estranho silencio
ouvi vozes que não respondi...
As palavras que proferi no presente,
pareciam trazidas por outros ventos,
misteriosas brisas de outros tempos !
Assim investido em outras capas,
me senti desapegado de temores,
Vedor de outras fontes,
auscultador de velhos rumores...
Senti infinitos meandros
nunca sequer vislumbrados...
Me senti; rei, vassalo,
soldado e poeta... conforme
revelado...
Me senti, me assumi
amante bruto, adorador terno,
nas incursões internalizadas...
Ao retornar ao hodierno,
nada me lembrava...
O relato que agora descrevo
me foi soprado...
Escrevo em similaridade
a uma escrita espirita
alinhavada por um médium...!