ALGUMAS MEMÓRIAS NO DIVÃ ou uma quase morte, não sei bem...

No divã, diante do desconhecido

diante do experimento científico,

esgrimo palavras em frases

quase sem sentido...

Sem aparente objetivo.

sonolento mas ativo,

em transe, visitei

ruínas do passado...

em estranho silencio

ouvi vozes que não respondi...

As palavras que proferi no presente,

pareciam trazidas por outros ventos,

misteriosas brisas de outros tempos !

Assim investido em outras capas,

me senti desapegado de temores,

Vedor de outras fontes,

auscultador de velhos rumores...

Senti infinitos meandros

nunca sequer vislumbrados...

Me senti; rei, vassalo,

soldado e poeta... conforme

revelado...

Me senti, me assumi

amante bruto, adorador terno,

nas incursões internalizadas...

Ao retornar ao hodierno,

nada me lembrava...

O relato que agora descrevo

me foi soprado...

Escrevo em similaridade

a uma escrita espirita

alinhavada por um médium...!

Alkas
Enviado por Alkas em 04/08/2024
Reeditado em 04/08/2024
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