Goiabeira

 

Nos caminhos de terra, que o tempo desfez,

Havia uma goiabeira, meu refúgio, meu abrigo,

Com galhos no chão, em um abraço cortês,

Eu era criança, o tempo era amigo.

 

A rodovia distante, mundo tão apartado,

Na frente da casa, o caminho pro rio,

Ali eu brincava, despreocupado,

Goiaba nas mãos, fruto doce e macio.

 

Horas passavam, sem pressa, sem dor,

O sol, testemunha, de risos e sonhos,

Na sombra da árvore, achava o valor,

De uma infância feliz, sem medos medonhos.

 

A goiabeira inclinada, baixinha e fiel,

Me envolvia em seus galhos, com carinho e calor,

Ali eu sonhava, meu mundo, meu céu,

No simples da vida, no puro amor.

 

O tempo voou, a criança cresceu,

Mas a lembrança ficou, viva, latente,

Goiabeira amiga, meu peito acendeu,

Com memórias de um passado, tão presente.

 

Agora distante, revejo com saudade,

Os dias de infância, de inocência sem par,

A goiabeira querida, na minha realidade,

Será sempre um símbolo, de um tempo a guardar.

A Sales
Enviado por A Sales em 30/07/2024
Reeditado em 27/08/2024
Código do texto: T8118606
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