Desvendando o Antigo Dilema

DESVENDANDO O VELHO DILEMA

Me reencontrei em um antigo dilema

Refiz meus passos em direção ao ápice da vida

Recontei minhas moedas frente ao porto de onde se vão as almas

Recalculei, repensei e realizei meus feitos

Enobreci meu espírito com os estímulos necessários para chegar cada dia mais perto do meu objetivo final

Da janela, observo o tempo passar, a paisagem alterar e a noite enfim chegar

Estava certo em sair sem planos, em aterrar em ondas pacíficas e retornar ao caminho do mar

Estava certo mesmo pensando que não estava,

atravessei os caminhos abertos, bailei a marcha encantada e ceei fraternalmente o santo vinho das almas

Me levantei, mas meu corpo no chão continuava, me sacudi e mais longe a brisa me levava, se falhei foi por não saber falar, no momento certo a mensagem devo entregar

Consolando o angustiado que friamente está sendo julgado, a inocência se faz pertinente e sua alegria irá rebrotar calmamente, mas esteja atento e continue a limpar a tua mente

Independentemente de onde minha matéria se encerre, de onde a flor perca sua cor retornando à nutrição do solo, o céu continuará a iluminar os ricos e os pobres

Aos pobres que muito têm e aos ricos que nada possuem, ao sorriso infantil frente ao Sol tão causticante em tua pele, velha e verdejante, consigo ir mais adiante

Na esperança de breve retornar e um consolo, uma cruz e uma ponte fincar e a este dilema um fim colocar. Se parto ou se fico, se sou ou se não sou

Meu bem, escute com atenção, pois cada sílaba entoada provém do coração