CAMINHO DA VOLTA
De repente me vejo percorrendo
O caminho da volta, procuro reencontrar
Meus momentos lindos vividos.
Lágrimas de saudade dos amores que se foram
Do meu coração, quando a primavera
Nos jardins adormecidos do tempo,
Despertava às flores do adeus
Desfolhando as pétalas do fim.
Sonhos e realidades se misturam
Pelas trilhas da emoção de viver, tudo outra vez
Na ilusão de que nada mudou
Que pra mim o tempo não passou.
Que sou aquele eterno sonhador
Cavalgando no alazão das noites iluminadas
Pela constelação das estrelas bailarinas
Artesãs dos nômades sentimentos.
Vou revivendo coisas impossíveis de apagar,
Rabiscos de uma peça que escrevi
E, interpretei nos palcos das profanas madrugadas,
Fui um contumaz amante dos romances aventureiros.
Assim vou repaginando as minhas lembranças;
Revejo as trilhas que certa vez percorri
E percebo que nelas deixei o melhor de mim.