ENTE-ÃO-DIREÇÃO
Vem pra lá.
Vai pra cá.
Corre sim.
Vem pra mim.
Vai pra lá.
Vem pra cá.
Ando, vôo.
Sigo em frente.
Algo na mente.
Fico contente.
Assim tentando sorridente
Fico quase alegre, quase tentando cantar.
Inalo bons ares, quase vôo por mares.
De pés descalços, por embaraços.
Com mãos amarradas,
Levando flores por mim enfeitadas.
Lá no espaço, vejo um braço.
Solto, perdido, porém temido.
Vive entre estrelas procurando entendê-las.
De uma hora a outra não o vejo.
Seria quase um sonho de desejo?
Sonho sem direção.
Ilusionismo ganha da ficção.
Procuro o sonho perdido, já esquecido.
Mas memorável na imaginação.
Douglas Tedesco – 01/2008