Preta Maria, vendedora de cocadas
Quando era adolescente
vivendo em Recife,
capital de Pernambuco,
no bairro onde morava
totalmente periférico,
tinha uma mulher de meia idade
por todos na realidade
conhecida e chamada
simplesmente de preta Maria,
que, durante todo dia
ao lado de um pequeno mercado ficava
inicialmente vendendo
somente cocadas de dois tipos,
tanto marron como branca, de fato,
passando depois a vender água de coco,
e menos de um ano depois
passou também na hora fazer
e, naturalmente vender também tapioca
e, quando realmente ninguém esperava,
fez umas mudanças na sua casa
e, aproveitando o grande quintal
construiu uma enorme cozinha
e, passou a fazer numa maior produção
tudo que outrora ela fazia
mas, aumentou o seu cardápio
para vários tipos de bolos, pastéis,
como também começou a vender
o chamado quentinhas,
que na realidade são pratos prontos.
Quinze anos depois quando por lá passei
francamente me animei por saber
que, agora era chamada de Dona Preta,
mas não mais cozinhava,
apenas controlava o seu negócio
e já possuía dois restaurantes próprios,
e nao mais morava na casa que conheci
mas sim em Olinda,
onde os seus restaurantes
também estavam, de fato.