Criar minhas memórias...E preservar as suas

Quando eu era um bebê vazio

E virgem de recordações

Você fez questão de construí-las

Com todo o amor e carinho

De talco e sabonete

Memórias tão frescas para mim

Mas familiares para você

Pois usou das suas

Como base para as minhas

A partir do momento

Que os filmes das suas memórias

Começaram a esfarelar

Peguei as lindas memórias

Construídas por nós dois

E usei para substituir as que você

Havia perdido, e pelo brilho do seu

Sorriso ao vê-las, pude ver

Que meu plano deu certo

Iremos cultivar o que vivemos

Até chegar a sua vez de

Se tornar virgem de memórias

No outro extremo da existência

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 16/04/2024
Código do texto: T8042760
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