Poucas vezes subi ao Monte Serrote
Poucas vezes subi ao
Monte Serrote
Tinha medo (ora, dá-se!)
De escorregar e cair
Nas pedras íngremes
Das poucas vezes fui
Avistava a cidade inteira
O açude Serrote
A lagoa dos patos brancos
A Lagoa do Município
A de águas escuras e
Areias movediças
E os campos lá longe
Secos na caatinga sem chuva
Verdejantes por demais
Depois da chuvarada
Pois sim, gostava de apreciar
No monte a cruz fincada
No mesmo local onde meu
Bisavô ajudou com seu irmão
E mais outros
A fincar a primeira cruz
Para fundar o povoado
De Pilão Sem Tampa
Mais tarde chamado Serrote
E hoje a cidade de outro nome.
Rodison Roberto Santos
São Paulo, 27 de janeiro de 2024