TELÚRICO
O jardim de flores emoldurado nas paredes,
petrificou!
As luzes do arrebol secou a chuva da noite,
e o que restou, é sal!
São intempéries na face do tempo que fiz,
rio corrente regado à conta gotas,
areia branca, marcada na borracha do giz.
Paredes não falam! Nem é preciso.
Os versos líricos amarelados gritam, por ela,
quando o perfume da flor passa na rua,
vem e adentra a varanda do lar,
nossos corações ao vento, pela janela.