Memórias outonais

No sopro suave do vento frio

Dançam folhas douradas pelo jardim

Em seu balé de despedida, um arrepio

Saudade no coração, o outono enfim

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Tu és folha voante, leve e serena

Um símbolo do ciclo que se completa

Deixo-te minha saudade, pequena

A melhor parte de mim, sempre repleta

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Caminho agora sob a sombra das árvores

O chão coberto de memórias outonais

Cada folha que cai, mil histórias celebrares

Neste ciclo eterno de despedidas banais

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Tudo é vão, ecoa a voz do vento sussurrante

Mas a saudade é a âncora que me guia

Lembranças como folhas, constantemente dançantes

No palco do outono, onde a vida se desafia

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E assim sigo, na melodia do outono em tons de amarelo

Com a certeza de que tudo é menos que o vento

Mas também mais do que as folhas no chão, singelo

É a poesia da vida, um eterno movimento

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[com um (pretenso) toque de Cecília Meirelles]

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MMXXIV