111- PABXm² RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Código do texto: T8001954

Saí de tua vida sem dizer adeus,

saí para não ter que te explicar

O que não tinha explicação

Dentro do meu apaixonado coração.

Dúvida atrevida,

que sobrepôs o meu coração,

pondo a loucura reativa

Em simples ação.

Melhor assim:

Ficar distante,

Sem resposta,

Que magoar

A fada amante,

toda composta,

Dizendo-me amar.

Porém, minha menina,

O que você diz ter sido amor,

quando, em ápice roseira,

cumprindo a divina sina,

apenas se embeleza em flor?

Caminho feito, sem volta,

que fica martelando na lembrança.

E em mim há uma revolta,

quando, dentre quatro paredes,

A roseira, sem urtiga, dava a flor.

Ali, no chão, sem relva, sem rede,

em simples plenitude de sal no suor,

Pedindo água

Para matar a daninha sede.

Dentro da milimetrada esfera,

dois corpos famintos,

em ressonância magnética,

Faziam-se feras na espera.

Depois da hora marcada,

após subir em silêncio as escadas,

para armar nossa cama

e apagar, na surdina, nossa chama.

Melhor assim:

Ficar distante,

Sem resposta,

Que magoar

A fada amante,

toda composta,

Dizendo-me amar.

Saí de tua vida sem dizer adeus,

saí para não ter que te explicar

O que não tinha explicação

Dentro do meu apaixonado coração.

Dúvida atrevida,

que sobrepôs o meu coração,

pondo a loucura reativa

Em simples ação.

Porém, minha menina,

O que você diz ter sido amor,

quando, em ápice roseira,

cumprindo a divina sina,

apenas se embeleza em flor?

Caminho feito, sem volta,

que fica martelando na lembrança.

E em mim há uma revolta,

quando, dentre quatro paredes,

A roseira, sem urtiga, dava a flor.

Ali, no chão, sem relva, sem rede,

em simples plenitude de sal no suor,

Pedindo água

Para matar a daninha sede.

Dentro da milimetrada esfera,

dois corpos famintos,

em ressonância magnética,

Faziam-se feras na espera.

Depois da hora marcada,

após subir em silêncio as escadas,

para armar nossa cama

E apagar, na surdina, nossa chama.

Titulo: RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)

Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL

Data da escrita: 14/02/2024

Dedicado a 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J

Registrado na B.N.B.

https://docs.google.com/document/d/1V0MJVT2gkaE864S_eahn7ym95KHPOfz25SQ3kVmFDPs/edit?usp=sharing

Makleger Chamas Código do texto: T8001954

Enviado por Makleger Chamas em 18/02/2024

Reeditado em 20/02/2024

Código do texto: T8001954

Classificação de conteúdo: seguro

Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.

Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

Um poema intenso, repleto de simbolismos e sentimentos contraditórios, que captura a profundidade de um amor e a inevitável separação marcada pela complexidade emocional.

A metáfora da “ressonância magnética” é poderosa, sugerindo uma conexão íntima, visceral, quase científica, entre dois corpos e almas em busca de uma sintonia que, mesmo na plenitude do momento, carrega consigo a sombra da despedida.

A forma de como o autor descreve o encontro físico e emocional entre os amantes, alternando entre o carnal e o metafórico, reforça a intensidade da relação, mas também a transitoriedade do momento.

A dualidade entre razão e paixão, entre o “sair sem dizer adeus” e a necessidade de manter a dignidade do sentimento, torna o poema um retrato de vulnerabilidade e força.

A dedicatória codificada e a precisão dos detalhes de registro dão ao poema um caráter ainda mais único, indicando o zelo do autor em preservar e eternizar essa obra.

É uma criação que mistura o profano e o divino, o físico e o etéreo, levando o leitor a mergulhar profundamente no turbilhão emocional do eu-lírico.

Parabéns ao autor pela autenticidade e pela intensidade da obra!

Essa poesia aborda a sensação de solidão e isolamento, o desejo de conexão e a busca por significado na vida.

Ela fala sobre a dificuldade de se comunicar e se relacionar com os outros, a sensação de estar perdido e desorientado no mundo.

A poesia também reflete sobre a transitoriedade da vida e a inevitabilidade da morte, levando o leitor a refletir sobre sua própria existência e o sentido de tudo.

Essa poesia parece abordar um tema de despedida e separação, onde o eu lírico expressa a necessidade de se afastar sem explicação, evitando assim magoar a pessoa amada.

Há uma reflexão sobre a natureza do amor e da paixão, questionando se o que foi vivido era realmente amor ou apenas uma ilusão.

O poema também menciona a ideia de um caminho sem volta, marcado por lembranças e sentimentos de revolta, e descreve a imagem de uma roseira que floresce em circunstâncias difíceis, simbolizando a beleza que pode surgir mesmo em meio à adversidade.

A poesia “Ressonância Magnética” aborda temas como despedida, amor não correspondido, memórias de um relacionamento passado e a intensidade dos sentimentos vividos.

Ela retrata a complexidade das emoções e experiências humanas mediante metáforas e imagens poéticas.

A destreza da alma poética na poesia pode ser observada mediante uma análise sintática completa do texto. Neste caso, consideremos o seguinte poema:

“Na solidão da noite escura,

A alma poética se aventura,

Explorando os cantos mais profundos,

Dos sentimentos mais fecundos.”

Análise sintática:

— Na solidão da noite escura (locução prepositiva, sujeito simples)

— A alma poética se aventura (sujeito simples, verbo transitivo direto, objeto direto)

— Explorando os cantos mais profundos (gerúndio, verbo transitivo direto, objeto direto)

— Dos sentimentos mais fecundos (preposição, objeto direto)

Neste poema, a destreza da alma poética é evidenciada pela forma como a poesia é construída, explorando os sentimentos mais profundos e transmitindo emoção ao leitor.

A escolha das palavras, a estrutura dos versos e a fluidez do texto demonstram a habilidade do poeta em expressar seus sentimentos de forma artística e sensível.

A alma poética se revela na capacidade de transmitir emoções e sensações através das palavras, criando uma conexão íntima com o leitor.

A análise sintática completa do poema “Ressonância Magnética” enfatizando o tipo de poesia é a seguinte:

Este poema apresenta uma estrutura poética que reflete sobre um relacionamento amoroso complexo e cheio de emoções.

A linguagem poética é marcada por metáforas e imagens vívidas que expressam sentimentos profundos e conflitantes.

A estrutura do poema é composta por estrofes que variam em tamanho, com versos de diferentes comprimentos.

A rima é utilizada sutilmente e não sistemática, contribuindo para a fluidez e expressividade do texto.

A sintaxe do poema é marcada por frases curtas e fragmentadas, que criam um ritmo intenso e emocionante.

Há uma alternância entre períodos simples e compostos, que contribui para a dinâmica e a cadência do poema.

O tipo de poesia presente neste texto pode ser caracterizado como lírica, devido à intensidade dos sentimentos expressos e à subjetividade do eu lírico.

A temática do amor, da saudade e da dor emocional também são recorrentes na poesia lírica, o que reforça essa classificação.

Em suma, “Ressonância Magnética” é um poema lírico que utiliza uma linguagem poética rica em metáforas e imagens para expressar os sentimentos complexos de um eu lírico em relação a um amor perdido.

A poesia “Ressonância Magnética” é uma obra intensa, carregada de metáforas que exploram os conflitos do amor, da paixão e da separação.

O título sugere uma conexão íntima e visceral, como se os corpos e emoções dos amantes fossem atraídos e ressonassem em sintonia, mesmo que essa união traga dor e contradições.

Análise temática e interpretativa:

O ato de partir sem adeus:

O eu-lírico começa declarando que saiu sem se despedir, uma escolha para evitar explicações que ele mesmo não compreende. Essa partida reflete a complexidade dos sentimentos e a dificuldade de lidar com algo que, embora intenso, carece de sentido racional.

A dúvida e a loucura:

A dúvida é descrita como "atrevida" e capaz de trazer "loucura reativa". Isso mostra que o amor, para o eu-lírico, é também uma fonte de instabilidade emocional, um impulso difícil de conter.

A figura da "fada amante":

A amada é idealizada como uma "fada amante", uma figura mágica e encantadora. Porém, há um questionamento implícito sobre a profundidade do amor dela. O eu-lírico sugere que esse amor pode ser superficial, como uma flor que cumpre seu destino ao florescer, mas não permanece.

A metáfora da roseira:

A "roseira sem urtiga" representa algo belo, mas sem proteção ou espinhos, talvez indicando uma relação que, embora apaixonada, é frágil ou vulnerável. Há também o contraste entre a plenitude da flor e o chão seco, que simboliza o ambiente desfavorável para algo tão sublime.

O encontro físico:

A poesia é marcada por imagens sensuais e físicas, como "sal no suor" e "dois corpos famintos". Essas descrições apontam para uma relação intensa e carnal, onde os amantes se tornam "feras na espera". É uma paixão que consome, mas também desgasta.

A ressonância magnética:

Este é o núcleo simbólico do poema. A "ressonância magnética" sugere uma conexão profunda e quase científica entre os amantes. É uma atração inevitável, onde os corpos e almas se alinham, mas que também carrega consigo uma precisão que pode parecer fria ou mecânica.

A despedida inevitável:

Apesar da intensidade do amor e da paixão, o eu-lírico percebe que a relação é insustentável. A partida é vista como a melhor solução, evitando magoar mais a amada e preservando o que resta de dignidade emocional.

Símbolos e metáforas principais:

Roseira:

Beleza efêmera, fragilidade do amor.

Fada amante:

Idealização da amada, entre o real e o mágico.

Ressonância magnética:

Conexão íntima e inevitável, mas também o caráter técnico ou impessoal que a relação pode adquirir.

Cama e escadas:

Representações do encontro clandestino e da cumplicidade secreta entre os amantes.

Mensagem central:

A poesia retrata um amor intenso, mas marcado por dúvidas, separação e a percepção de que nem todo sentimento pode ser compreendido ou sustentado.

O eu-lírico reconhece tanto a beleza quanto os limites dessa relação, optando por partir para evitar mais dor.

Trata-se de um poema que reflete sobre a dualidade do amor: ao mesmo tempo uma força magnética e um peso emocional difícil de suportar.

Conclusão:

"Ressonância Magnética" é uma obra que combina a intensidade dos sentidos com a profundidade das emoções humanas, resultando em um retrato honesto e pungente das contradições do amor e da paixão.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 18/02/2024
Reeditado em 07/12/2024
Código do texto: T8001954
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