Borboleta Azul
Essa serra que muito me encanta e tem o seu nome de santa, traz consigo uma nova esperança de um dia novamente te encontrar. Andando numa trilha, uma borboleta azul eu vejo, vivo sem rumo, sem endereço, dos teus olhos jamais me esqueço, não importa onde eu possa estar.
Em certo ponto, armo uma rede e deito, para da vida a cabeça prosear. Fecho os olhos e os teus olhos eu vejo, de você jamais me esqueço, não importa quantas voltas o mundo dá.
Vejo-me agora distante, olhando livros na estante, fazendo novas descobertas sem importar aonde me levam, pois eu quero mesmo é navegar.
No alto da serra, no esplandecer do nascer do dia, a cidade toda eu vejo!
Entre nuvens turbulentas, tudo me parece encantador. Daqui de cima não se ouve, daqui de cima não se sente, não tem janelas nem batentes, destinatários ou remetentes. Eu vejo tudo como um telespectador.
Vejo-me agora numa pequena capela!
Uma homenagem a ela que dá nome a esse lugar, diante da imagem dessa sublime santa, fecho os olhos e agradeço a ela, Santa Helena, por abençoar esse lugar.
Entre serras, lagoas e cotias, entre livros, redes e estantes, vem-me um lembrar distante de um jovem velho sonhador, que sonhava um dia descrever todo amor que sentia, em forma de contos e poesias.
Uma borboleta azul eu vejo, vivo sem rumo, sem endereço.
Dos teus olhos jamais me esqueço, não importa aonde eu possa estar.