Fui eu! Fui eu!

Fui eu! Fui eu!

Quem abandonou os rubros sonhos de pagã

Onde dormiam os deuses mortos

Quem viveu num mundo de vaidades e pecados

Fui eu! Fui eu!

Quem vôo nas asas da águia, agonizante

Procurando a paz no céu, em vão

Em plena noite de lua cheia

Fui eu! Fui eu!

Quem se afogou nesse mar de infelicidades

Como uma vagabunda, patética e indefesa

Engolindo areias de tristezas com águas salgadas de lágrimas

Sou eu! Sou eu!

Uma infeliz, que se olharem para a fronte

Viram os olhos sem fé, sem lar...!

A rainha dum castelo de areias.