MINHA VELHA CHAPADA DO ÍNDIOS II

A querida Chapada dos índios

Nos traz, tanta recordação!

Dos tempos de outrora,

Que inesquecível São João!

Lá pelos anos 80, no “barraco do Batista”

Não tinha pra ninguém não!

Era um forró “suado”,

Que fazia parar caminhão!

Vinha gente de todo lado

Era aquela animação.

Batista era homem viajado

Também tinha visão

Reunia os AMIGOS e políticos,

Nem pensava na confusão.

O que para ele importava

Era aquele festão!

Mas o relógio do tempo

Não para pra ninguém não

E assim o Batista,

Partiu logo desse chão.

Como é vida que se segue

Vamos logo relembrar

Do famoso “Chapadão!

Do saudoso Zé Gordinho

Incentivador da cultura

Tinha as quadrilhas juninas

A sua grande paixão!

O arrasta pé, era seguro

Pois com ele só se ouvia

Ritmos do “Rei do Baião”

E o “arraiá chapéu de palha”

Era palco de muita animação.

Que expectativa era saber

Como seria a sua Programação.

Nela não faltavam grandes artistas

Desse amado Sergipe

Para animar nossa população.

Tinha Amorosa! Antônio Carlos do Aracaju!,

Irineu Fontes! Batista do Acordeom!

E Josa o Vaqueiro do Sertão!!!

Ainda temos muita coisa boa,

Da atualidade e da velha tradição

Porém é assim que se move

A tal da inculturação.

E casamento a caipira?!

Incorporou estranhos elementos

Hoje é todo inovação.

Além do cortejo das carroças

Também tem os cavaleiros

Montando o seu alazão.

É tanta motocicleta

E diversidade de carros

Que fazem aquele arrastão!

E maior novidade?!

Foi de uns tempos pra cá,

Inventaram um meio de transporte

O destaque em nossa região

Uma inusitado veículo

Batizado por “chacal”

Que não têm pra outro não!

Parece um mini trator,

Uma mini caminhonete? ...

Nem sei a sua definição!

Tem carroceria, tem pneus,

Tem cabine aberta e estofada!

Saiba que esse carrinho de frete,

É movido a gás em botijão!

Carrega de tudo que se vê,

Do proprietário é o ganha pão!

Se é um carro autorizado, nem sei!

Se anda correto ou na contra mão...

Só sei que depois dele,

Não se vê mais animal sofrendo,

Puxando uma carroça,

E maltratado por peão!

Pois esse inusitado veículo

Tá aceito e bendito

Como parte da nossa tradição!

(Sol Pinheiro, outubro de 2023)

Sol Pinheiro
Enviado por Sol Pinheiro em 05/12/2023
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