O último jogo na rua
É bola de pé em pé
Descalço cheio de chulé
Cabeça tapada por boné
Corre, corre igual o Mané
Os times separados com e sem camisas
O campo era o chão da pista
Traves marcadas por pedras de brita
A torcida era a própria família
E que comece a correria
Do futebol da alegria
Dribles, toques e jogadas de ousadias
São os craques da periferia
O jogo em si de nada valia
O importante era adrenalina
De jogar descalço na via
Enchendo os pés de feridas
Não deixar de participar das divididas
Realizar uma grande jogada coletiva
Antes que seja interrompida
Por algum carro que ali transita
Para alguém esse foi o último jogo
Sem despedida ou outro amistoso
Pois findará esse tempo maravilhoso
Devido novos caminhos vindouros
Por: Saulo Rodrigues