Visão noturna

A natureza dorme a noite vela

Garantindo ao que existe

A solidão essencial

Eis a inferência da janela.

A grande árvore frondosa

Em sua santa soledade

A noite vela-lhe o sono

Sem voz humana ruidosa.

No céu os astros rutilantes

Que dão suporte a serventia

Ante o silêncio e a soledade

Que ora se vê e nunca antes.

Porque o tempo no seu rosto

Nos seus olhos fez-se outro

Embora seja o mesmo homem

Caiu um fruto e é doce o gosto.

O prédio alto de Ciências

Dorme tranquilo e recarrega

O seu vigor para segunda

Que abrigue múltiplas carências.

A luz é a ânsia do discente

A sua demanda e salvação

No prédio alto de Ciências

A alma do eterno onisciente.

Que nada surge de repente

Na visão que aponta outono

Tudo transcende e o poema

Extrai da noite a paz silente.

Seraphim
Enviado por Seraphim em 06/11/2023
Código do texto: T7925959
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