BARQUINHO DE PAPEL
Sou um amigo do silencio,
Companheiro invisível dos meus passos
Em todos os meus momentos
Compartilho meus segredos.
Derramo minhas lágrimas em seu peito
Vou chorando pelos caminhos
A dor de uma eterna saudade
Que guardo dos tempos de outrora.
Do sabor dos beijos que hoje sinto na ausência,
Dos amores que deixaram suas essências
Na fronha do meu travesseiro solitário
Que me conforta nas madrugadas de insônia.
No delírio de um presente que já é passado;
Uma maviosa brisa traz os acordes
De uma linda canção que me faz relembrar
As minhas aventuras de antigamente.
Então percebo que estou vivendo um sonho;
Na miragem do meu pensamento
Vejo-me cavalgando no alazão das lembranças
Pela espumas brancas de uma praia deserta.
Meu olhar se perde no infinito
Das ondas que se quebram mar afora
Levando o meu coração num barquinho de papel.