“BREVE RETORNO”.
Ontem retornei...
A minha antiga morada,
Percebendo que a mesma estava ali fechada,
Marejou-me de lagrimas o olhar!
Tais lembranças...
De tudo que vivi outrora,
Senti meu coração disparando nessas horas,
Meus olhos desabaram a chorar!
Visões voltaram...
De tantas coisas saudosas,
Remotos tempo, das tais varandas formosas,
Nos convidava assistir as cantorias!
Que infelizmente...
Voltaram-me tais momento,
Tantos festejos, que se foram com o tempo,
Olhando ali me enchi de nostalgias!
Revi tal estrada...
Que me gastava a chinela,
Podia ouvir o xinxilha da enferrujada cancela,
Que cada dia se abria no Morão!
Rangido alto...
Que de longe se ouvia,
Experimentando a falta das farturas que havia,
Sinceramente comoveu-me o coração!
Ali atordoado...
Olhando o velho sobrado,
Que por tantos anos, o manteve-se desprezado,
Ainda com marcas do seu apogeu!
Quase esquecido...
De tantos ainda na memória,
Das glorias ausente, mas conta muito da história,
Revelando, a vida de quem ali viveu!
Grossas paredes...
Envelhecidas e manchadas,
A dizer que o tempo não lhe poupou a derrocada,
E os estranhos episódios ali ocorridos!
Vi o velho engenho...
Que foi ali fonte de renda,
A repousar na palhoça, que cobria suas moendas,
Que antigo dono, o observa comovido!
Tempos dourados...
Que os anos aos poucos levou,
Partindo com as gerações que por ali se refugiou,
Encheu-me o peito incomoda aflição!
Ao pressentir...
Que tudo ali virou passado,
E que tudo aquilo foi, pelo progresso renunciado,
Pude entender, que a gloria é ilusão!
Cbpoesias.
31/08/2023.