As luzes
Dos priscos tempos dos candeeiros
Que iluminava minha escuridão
Até a chegada do lampião de gás
Ilumindo as ruas da Capital Paulista
Bate a saudade dos idos tempos
Das serenatas no portal dos sobrados.
Com o advento da lâmpada incandescente
Que iluminava os versos do Adonira
Onde as mariposas se aproximavam
Como os boêmios nas casas de suas amadas
Trazendo o saudosismo dos tempos musicais
Do violão, sanfona, pandeiro e bandolim.
Hoje em dia com a iluminação a LED
Os celulares, a Internet, o carro elétrico,
Tenho o Museu pra recordar a carruagem
E o meu saudoso lampião de gás apreciar
O candelabro das velas que iluminavam
As cerimônias nas Igrejas e Catedrais.
Nem as velas de promessas se salvaram,
Ou as lamparina ofertada ao Santos,
Existem mais, substituídas pelo LED
Que iluminas as TV's de tela plana
Fazendo obsoletos as saudosas TV
De tubo, a válvula da era do rádio.
Agora é cantar com a Inezita Barroso
Lampião de Gás
Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Da sua luzinha verde e azulada
Que iluminava a minha janela
Do almofadinha lá na calçada
Palheta branca, calça apertada
Do bilboquê, do diabolô
Me dá foguinho, vai no vizinho
De pular corda, brincar de roda
De Benjamim, Jagunço e Chiquinho
Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Do bonde aberto, do carvoeiro
Do vassoureiro com seu pregão
Da vovozinha muito branquinha
Fazendo roscas, sequilhos e pão
Da garoinha fria, fininha
Escorregando pela vidraça
Do sabugueiro grande e cheiroso
Lá no quintal da rua da graça
Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Lampião de gás, lampião de gás
Quanta saudade você me traz
Minha São Paulo calma e serena
Que era pequena, mas grande demais
Agora cresceu, mas tudo morreu
Lampião de gás que saudade me traz