A LORPA
“A LORPA”
“Que doideira, mano
Nunca existiu nada igual
Malucos cabeludos percorrendo as ruas
De uma cidade tacanha, sem nenhum ideal
A loucura e o frenesi
Desses jovens de camisas negras
Tocando o terror na burguesia
Eram os lorpas
Pobres, pretos e maconheiros
Viciados nas palavras do líder
Zé Jones ou Zé da Lorpa
Esse era o seu nome...
Viver em cidade pequena
Para quem era jovem
Não tinha a menor graça...
E o que fazer
Além de se reunirem na praça
Todo o santo dia?
Que aliás, de santos não tinham nada...
E hoje, eu me lembro com a graça
De um jovem lorpa
Sentado ali, no banco da praça!”
*A lorpa*
By Julio Cesar Mauro
03/08/2023