“DOCES LEMBRANÇAS”

Hoje relembro...

Minha vida de camponês,

Renasceu-me quando aquela vez,

Nas queimadas do roçado!

Sol escaldante...

Cinza quentes ali suando,

Ao duro oficio me entregando,

Aquele solo queimado!

Em meio a luta...

Sem pensar em progresso,

Numa vida simples eu confesso,

Que assim era mui feliz!

Casa de lascas...

Madeira extraída a facão,

Mostrava-me os calos das mãos,

Como pequeno aprendiz!

Era como sonho...

A tenra vida de criança,

E que não se esvai da lembrança,

Foi como simples aventura!

Ficaram gravados...

Dentro de minha memória,

E hoje fazem parte dessa história,

Que me lembro com ternura!

Era tão simples...

Nossas vidas ali na roça,

Tinha o meu lar numa palhoça,

Gozando plena harmonia!

Que se acabou...

Com essa tal vida moderna,

Onde perpetua-se as badernas,

Causando nossa agonia!

Passou-se o tempo...

Transformei-me adulto,

Com essa mesma força ainda luto,

Tentando enganar o tempo!

Que vai passando...

Sem parada e sem sossego,

Tento esconder os meus segredos,

Que me fogem a momentos!

Já sinto agora...

Os dias vão se encurtando,

Com meus anos se avolumando,

Diminui-me a trajetória!

Mas me conformo...

Ao ver que aqui tudo passa,

Com os anos a vida perde a graça,

Mas construir minha história!

Cbpoesias.

27/07/2023.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 27/07/2023
Reeditado em 27/07/2023
Código do texto: T7847192
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