PORQUÊ AINDA O RANCOR?
Quando eu te perdí, um pouco de mim morreu.
Uma névoa escura caminhava à minha frente.
A minha vontade de viver desapareceu.
Eu vagava à êsmo, já não era gente.
Mas eu quero saber de uma coisa, agora.
Porquê ainda esse rancor?
Se tens a liberdade neste mundo à fora.
Se tens no coração um novo amor.
Não me olha desse jeito, não me condena.
Eu errei, mas paguei caro o meu pecado.
Tú ficaste com a felicidade amena.
Eu fiquei com uma imensa solidão do lado.
Tira o rancor do coração e perdôa.
Perdôa a este infeliz que te amou um dia.
Que ainda hoje vive perdido e à tôa.
Por não esquecer da felicidade e da tua alegria.
Caminha pra frente com a cabeça erguida.
Esquece o mal que eu fiz à tua paixão.
Eu já não faço parte da tua vida.
Mas, tira o rancor do teu coração.
Manaus, 06 de dezembro de 1994.
Marcos Antônio Costa da Silva