Portas
Dentro da minha mente
Há inúmeras memórias
E a cada dor que me aflige
Nela se cria uma porta
Há dores cicatrizadas
Como também feridas abertas
Mas mantenho as portas fechadas
Fugindo no mundo por uma realidade incerta
Algumas chaves já perdi
Outras portas teimo em visitar
Apenas para reencontrar
Algo que eu não devia lembrar
Quando um filme se passa
Não sei o que sentir
Se feliz, com medo ou triste
Das possibilidades que poderiam existir
Sou um corpo vazio
Mas uma mente pulsante
Com memórias tão vívidas
É como assistir de um mirante
Portas, baús e mistérios
Como um tesouro que enterro
Mas talvez não seja assim tão precioso
Ainda mais se me traz dor de novo e de novo
Mas é assim que vivo
Me escondendo dos perigos
Fico segura aqui comigo
Onde longe da dor me abrigo