Pulsares
Eu também estava aí
Entre as curvas dos teus passos
Entre a pulsação dos teus braços
Eu cantava, eu sorria
Como quem andava descalço
Num chão frio que mais parecia um desabafo
Tu cantavas como um pulsar
Que viajava no espaço
Era uma estrela que se destruía
Diante da lei da entropia
E hoje há tanto vazio em mim
Que tua voz virou eco
Soa como numa caverna de Platão
Onde tua sombra é o passado da tua ilusão