UMA SANFONA, A ZABUMBA E O TRIÂNGULO
O forró endoidece o coração
Traz de volta certos sentimentos
Principalmente para alguém
Que lá, pelo nordeste, morou
Um tempo já passado
Mas, jamais deixado ao largo
Pois
O forró... Não deixa ninguém se desmemoriar
Por mais que se largue ou queira
No forró
O passado ressurge
E ninguém consegue ficar parado
A lembrança não se arrefece
Sobressai-se e renasce repentinamente
Inquietando o presente
Não há como cochilar com o som da sanfona
O ritmo da zabumba
E o “tengo-lengo” do triângulo
Ah! Aqueles cangotes suados...
Por entre aqueles saracoteios
Cheios de desejos inconfessáveis
Trazendo de volta certos sentimentos
Quer queiramos ou não deixados e largados no tempo
Mas nunca esquecidos
O forró me leva de volta a certo aconchego
À melancolia desejosa de muitos sorrisos
E como diz a música:
“Traz na mala bastante Saudade”...