O POETA POBRE

Sendo pobre me meti

a trabalhar. Ia de manhã

para o escritório como

aquele menino que

levava as notícias até

os jornais. A jornalista

do escritório gostava

antes de conversar

comigo. Conversa de

como eu ia na escola.

E isso me inspirou

e eu fundei um

jornalzinho mimeografado

que se intitulava de

TRANSEUNTE. E anos

depois, contei a um

ex-colega de trabalho

e de estudos essa

façanha. Ele me disse:

- Foi bom saber

como funciona sua

criatividade. Eu achei

ótimo, e pensei que

talvez ele passasse

adiante aquela conversa,

porque assim teríamos

mais gente criando.

Um poeta pobre

de dinheiro, mas

rico de alma dando

um passo daquele

tamanho, acabaria

com essa coisa

de que só são

gênios os que

enriquecem materialmente

fazendo versos.

E aqui e agora repito

aquela façanha:

sejam criativos.

Aristides Dornas Júnior
Enviado por Aristides Dornas Júnior em 15/05/2023
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