Rei do Baião
Autor: Valdeck Almeida de Jesus
O porta-voz dos nordestinos
Sempre cumpriu seu papel
De divulgar nossa arte
E preparar nosso céu.
Levou o Norte ao mundo
Debulhou nosso torrão
Espelhando ao infinito
Toda a nossa solidão.
Pôs em notas musicais
Cada seca e cada peste
Aliviando nossos "ais".
Plantou por onde passou
Um pezinho de esperança
E um sorriso de criança.
22 de agosto de 1989)
Luiz Gonzaga do Nascimento [1] (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião.
Foi uma das mais completas e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triãngulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado. Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui Nem Giló (1949) e Baião de Dois (1950).
Texto e foto: Wikipedia