O VENTO

Como um vento brando, suave,

você entrou na minha vida.

Eu me entreguei por inteiro,

te fiz mulher, a mais querida.

Como a primavera, o nosso amor tão lindo,

só nós dois, no infinito.

Transformando em realidade o nosso sonho,

tão bonito.

Só nós dois, mais ninguém no universo.

Tanto eu a tinha, mas, mais eu a queria,

sempre e mais perto.

Às vêzes uma loucura, uma insanidade.

Eu até pensava que aquilo tudo não era verdade.

Mas o vento um dia parou de soprar.

Eu sentí uma imensa dôr no peito,

e logo comecei a chorar.

Depois veio a escuridão.

E eu me ví tão sozinho cercado de solidão.

E tantas vêzes eu tentei te trazer de volta,

mas nem ao menos chegavas da nossa casa,

à porta.

E eu me sentí tão pequeno e sozinho.

Mas o mesmo vento que te trouxe e,

que te levou um dia.

Me mostrou a felicidade e uma nova vida,

um nôvo amor, um outro caminho.

Manaus, 19 de dezembro de 1994.

Marcos Antônio Costa da Silva