PROFÉTICO
Quando me juraste o enjeito
na fatídica noite da palavra
meu estado se tornou azáfama,
é estranho porque o silêncio
solveu-se em morte e nascimento,
nasci já envelhecendo em cúspide
torpe senda desalmada,
minha pobre criança desdentada
caducou na imensa solitude,
na dor que erra era velho de ressaca,
no laivo sofrimento perdi o tempo,
em pensamento teu nome urge
consoante a métrica rimada
que neste poema sujo surge:
redizia, refazia, ricocheteava
Jaciara, Jaciara, Jaciara.